Técnicas em Ortopedia

Calcâneo stop em pacientes com pé hiperpronado

Maurício Vergara Sepúlveda — 2025-09-14

O pé é constituído por um conjunto de ossos articulados com ligamentos, tendões, fáscias e músculos que mantêm a abóbada e desenham o pé como um conjunto elástico, dinâmico e móvel. A perda dessas relações leva à falta de equilíbrio entre os parâmetros para manter a estabilidade e a função do pé. A instabilidade do retropé ao nível da articulação subalar, quando é sintomática e observada por exame clinico e por imagem, indica necessidade de tratamento cirúrgico. Com base na técnica descrita pelo Dr. Recaredo Álvarez em 1976 e com base em um caso clínico, descrevemos a técnica cirúrgica que adaptamos em nosso serviço para reduzir o tamanho da incisão, tempos cirúrgicos e de irradiação, utilizando a técnica de calcâneo stop com parafuso canulado.

Cisto ósseo aneurismático: curetagem e enxertia de ilíaco

Lucas Gasparetto Bittar — 2025-09-14

O cisto ósseo aneurismático (COA) é uma lesão pseudotumoral benigna, não neoplásica, reativa, insuflativa e vascularizada, frequentemente observada em crianças e adolescentes com menos de 20 anos de idade. Comumente ocorrem no fêmur e na tíbia e seu diagnóstico inicia com a demonstração em radiografia de uma lesão insuflativa, lítica e excêntrica com septações ósseas. No que concerne a apresentação clínica, o paciente pode cursar com dor e edema local e o diagnóstico será firmado com a biópsia e estudo anatomopatológico. Relatamos um paciente pediátrico (9 anos de idade) com o diagnóstico de COA em tíbia distal direita e realizada curetagem agressiva, com cauterização e enxerto ósseo da crista ilíaca, assim como sua evolução.

Fratura da espinha tibial: técnica artroscópica para tratamento e retensionamento do ligamento cruzado anterior

Angelo Mártyres Pedreira de Albuquerque Bastos — 2025-09-14

As fraturas da espinha tibial são definidas como avulsões ósseas ou condrais do platô tibial no ponto de inserção do ligamento cruzado anterior (LCA). Os mecanismos clássicos de lesão são uma flexão forçada do joelho com rotação externa da tíbia simultânea e a classificação mais comum para essas fraturas foi descrita por “Meyers e McKeevers”(MM), e posteriormente acrescentado o subtipo IV por “Zaricznyj”, essas classificações auxiliam no pensamento clínico para tratamento dás fraturas da espinha tibial. Alguns artigos consideram as técnicas artroscópicas como padrão ouro para essas lesões. Neste artigo, apresenta-se um caso de paciente de 42 anos, masculino, que sofreu acidente automobilístico por queda de moto com impacto do joelho esquerdo ao solo, com diagnóstico de fratura da espinha tibial cominuta, e tratado cirurgicamente com técnica artroscópica descrita neste artigo.

Displasia longitudinal radial: alongamento ósseo com fixador externo linear

Maria Carolina de Moraes Barros Stephan — 2025-09-14

A deficiência longitudinal radial é uma rara má-formação do membro superior, caracterizada por encurtamento ou ausência do rádio, frequentemente acompanhada por deformidade progressiva em desvio radial do punho e hipoplasia do polegar. Apresentamos o caso de uma paciente pediátrica com deficiência longitudinal radial tipo II segundo classificação de Bayne e Klug modificada por James et al., submetida a tratamento cirúrgico com alongamento do rádio. O relato ilustra os desafios clínicos, cirúrgicos e de reabilitação associados a um caso de hipoplasia radial. Discute-se a fisiopatologia, as principais classificações e as abordagens terapêuticas contemporâneas com base na literatura atual.

Jubileu de Prata: 25 Anos de Excelência em Ortopedia

Monica Paschoal Nogueira — 2025-09-14

É com grande entusiasmo que nos aproximamos de um marco histórico: em 2025, a Revista Técnicas em Ortopedia celebra 25 anos de dedicação à disseminação do conhecimento científico na área de ortopedia e traumatologia. Desde sua fundação, em 2001, nossa revista tem desempenhado um papel crucial na divulgação de estudos e avanços que contribuem para o aprimoramento das práticas médicas. Ao longo de quase um quarto de século, testemunhamos mudanças significativas no cenário da ciência e da saúde, acompanhamos essas transformações, oferecendo aos nossos leitores conteúdos de alta qualidade e relevância. A cada edição, renovamos nosso compromisso com a comunidade ortopédica, incentivando o compartilhamento de experiências, o debate científico e a busca constante pela inovação. Ao longo de 25 anos, publicamos mais de 400 artigos e mais de 100 editoriais, construindo uma trajetória de excelência e compromisso com a divulgação do conhecimento. Essa conquista só foi possível graças à dedicação dos autores brasileiros e de nossos colaboradores da América Latina, que sempre atenderam prontamente aos nossos convites. Expressamos nossa profunda gratidão também aos patrocinadores, cujo apoio tem sido fundamental para o nosso crescimento e continuidade. Queremos expressar nossa profunda gratidão a todos que estiveram conosco ao longo dessa jornada. Em especial aos nossos Editores-chefes: Fernando Gomes Tavares, Richard Armelin Borger, Roberto Dantas Queiroz, Rogério Teixeira de Carvalho e aos nossos revisores, membros do Corpo Editorial: Antônio Carlos Tenor Jr, Ayres Fernando Rodrigues, Carlos Eduardo A. S. Oliveira, Eduardo Angoti Magri, Fabiano Rebouças Ribeiro, Lourenço Galizia Heitzmann, Luiz Sergio Martins Pimenta, Marcelo Itiro Takano, Marcos Hajime Tanaka, Raphael Pratali, Wellington Farias Molina, Wolf Akl Filho. Que este marco inspire ainda mais colaborações e inovações, fortalecendo a conexão entre ciência, prática médica e os profissionais que trabalham para proporcionar qualidade de vida aos pacientes. Que venham os próximos 25 anos de avanços e realizações!